O autor apresenta como personagem central do livro a figura idealizada de um tal de Frei Fidélis, o qual, como personagem literária que é, aparece como aquele religioso que o próprio autor gostaria de ter sido em toda sua vivência religiosa, e comungando sempre inteiramente com seu modo de pensar e de agir. Então, o monge Fidélis não é uma pessoa real mas estilizada, assumindo as características de personagem literária. Assim, de um modo geral, é sempre o próprio autor quem está falando quando põe as palavras no linguajar do frei. Esclarecido isto, permanece o fato de que o autor do livro teve um período apreciável de vida religiosa consagrada, não, porém, como monge mas como missionário integrante da Congregação dos Padres Passionistas, fundada pelo ardoroso pregador da Paixão de Cristo, São Paulo da Cruz. É o que vem consignado no prefácio, onde se diz que o autor participou, em determinado período, tanto da vida ascética quanto da mística contemplativa, praticadas ambas no convívio da vida religiosa.